dia de campo

a
Esqueceu a senha?
Quero me cadastrar
     19/05/2024            
 
 
    

Os pecuaristas estão entusiasmados com o aumento no preço do boi gordo, que  se fixou nos últimos dias na faixa dos R$ 90,00 a arroba do Índice Esalq/USP. Essa boa situação atual reverte um longo período de perdas financeiras e de abate de fêmeas, que cortou na pele o patrimônio dos produtores e tirou vários projetos do mercado.

 Os analistas especializados informam que o cenário positivo da pecuária deve se manter nos próximos anos. Tomara. Como argumento, utilizam não apenas a redução do abate de matrizes mas também o cenário externo, com exportação crescente ano após ano.

 A própria FAO divulgou recentemente que o mundo precisará de mais carne nas  próximas décadas. Isso significa que nossas exportações deverão crescer além do programado. Além disso, temos de ter produção para atender à demanda.

 Essa conjunção de fatores na ponta da cadeia lança um tremendo desafio para os pecuaristas, que respondem pela base da produção. Isso porque é dessa classe a responsabilidade para ter os animais prontos para o abate e que suprirão as necessidades dos frigoríficos nos próximos meses.

Mas, atenção: o mercado está muito mais exigente. Se os pecuaristas quiserem aproveitar os bons preços do boi gordo e, ainda, receber bonificações por qualidade, é preciso oferecer ao frigorífico animais jovens (no máximo 30/36 meses de idade), pesados (entre 16 e 22 arrobas), com bom rendimento de carcaça e cobertura de gordura (mais de 3 mm).

Somente com o uso de boa genética é possível ter animais com essa configuração prontos para o abate na idade e no peso certos. Se a escolha dos reprodutores (machos e fêmeas) for mal feita, o gado não chegará às condições exigidas pelos frigoríficos no momento correto. E, aí, é prejuízo na certa, pois os animais ficarão na fazenda mais tempo e, assim, consumirão mais alimentos, aumentando os custos.

É nesse cenário que ganham espaço as chamadas raças adaptadas, como bonsmara e senepol. Elas representam uma excelente opção genética para a produção de bois jovens, pesados e com boa qualidade de carne. Além disso, como estão perfeitamente adaptadas às condições tropicais, são resistentes e podem ser usadas sem restrição em todas as regiões do País.

 O momento é favorável ao investimento em animais de raças adaptadas. Afinal, está iniciando a temporada de leilões de touros e matrizes e a estação de monta começará em breve. Com preços do boi gordo em bom patamar e genética de qualidade em oferta, a combinação de fatores é perfeita para os pecuaristas que apostam na produção de bezerros pesados e precoces.

 * Maria Lucia de Abreu Pereira é proprietária da Fazenda Mariópolis (Itapira, SP), que seleciona as raças bonsmara e senepol.

Aviso Legal
Para fins comerciais e/ou profissionais, em sendo citados os devidos créditos de autoria do material e do Jornal Dia de Campo como fonte original, com remissão para o site do veículo: www.diadecampo.com.br, não há objeção à reprodução total ou parcial de nossos conteúdos em qualquer tipo de mídia. A não observância integral desses critérios, todavia, implica na violação de direitos autorais, conforme Lei Nº 9610, de 19 de fevereiro de 1998, incorrendo em danos morais aos autores.
Ainda não existem comentários para esta matéria.
Para comentar
esta matéria
clique aqui
sem comentários

Conteúdos Relacionados à: Pecuária de Corte
Palavras-chave

 
11/03/2019
Expodireto Cotrijal 2019
Não-Me-Toque - RS
08/04/2019
Tecnoshow Comigo 2019
Rio Verde - GO
09/04/2019
Simpósio Nacional da Agricultura Digital
Piracicaba - SP
29/04/2019
Agrishow 2019
Ribeirão Preto - SP
14/05/2019
AgroBrasília - Feira Internacional dos Cerrados
Brasília - DF
15/05/2019
Expocafé 2019
Três Pontas - MG
16/07/2019
Minas Láctea 2019
Juiz de Fora


 
 
Palavra-chave
Busca Avançada